Com Ivo canelas, António Pedro Cerdeira,
Rogério Samora, José Pedro Vasconcelos...
Verão
de 1870. Dois escritores. Eça de Queirós e Ramalho Ortigão escreverem um
policial a quatro mãos para o Diário de Notícias. Ramalho é raptado. O desafio
está lançado. As personagens parecem reais e as perseguições não param. Quem
ameaça os escritores? Será o Conde ou o Primo Vasco? Conseguirá a Condessa
viver o seu amor? Quem conquista a sedutora Carmén? O folhetim avança e Lisboa
entra em alvoroço. Sucedem-se ameaças, duelos, intrigas e
sexo numa crítica à sociedade portuguesa da época. Um filme onde o amor é mais forte
do que a tradição, a intriga escapa às evidências e tudo corre freneticamente,
como num jogo.
Trata-se da adaptação cinematográfica do primeiro romance policial em
Portugal, da autoria do Eça de Queirós e de Ramalho Ortigão, em 1870. O filme
focaliza-se no panorama da sociedade portuguesa nas figuras dos autores.
Imagens quase sempre fragmentadas pela narrativa onde personagens reais e
ficcionais se misturam no caleidoscópio da verosimilhança. O filme é bem diferente
do livro que li no mês passado, mas tinha que ser visto que era difícil encenar
uma narrativa epistolar. Acção e virtuosismo não lhe faltam. De salientar que o
filme foi premiado na Rússia. Vejam!!!