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Uma aventura no Porto
6 avril 2009

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O grande arquitecto português Álvaro Siza Vieira deu uma entrevista ao Público que foi publicada no suplemento do Público na edição do 5 de Abril de 2009 na qual confessa se ter apaixonado pela escultura e achar que era muito fraquinho do domínio que hoje o prestigiou. Álvaro fala mais de si do que propriamente da sua obra e a entrevista prevalece pela sua descontracção e dimensão confessional. Vejamos, portanto, algumas respostas dadas à Anabela Mota Ribeiro.

 

«O meu pai preparava as viagens, arranjava uns livros. «Vamos ver isto.» E quando vi imagens do Gaudí, alto : «Isto interessa-me. Parece escultura.» Visitei quase todas as obras em Barcelona e apercebi-me de que aquilo que para mim era escultura era feito com portas, punho de portas, rodapés... Aquilo tinha tudo o que tinha a minha casa. Simplesmente era a cantar. Tudo relacionado. Tive um baque pela arquitectura. Mas passou. Passou porque estava interessado na escultura e na pintura.»

 

«Uma vez o arquitecto Távora falou-me de um desenho do paladium em que aparece a mão. «Você copiou isto?» «Não, nem conhecia o desenho.» Mas se calhar vi-o. O desenhar, para um amador como eu, descontrai. Descontrai do trabalho de arquitecto, que é de grande concentração e exigência. O Alvar Aalto, que pintava, dizia que no desenvolvimento de um projecto, às vezes, havia um bloqueio ; estava encravado. Deixava tudo e ia para casa pintar ou desenhar, sem pensar naquele problema. Às vezes, no que estava a fazer, vinha a ponta da meada da solução. Portanto, há uma conquista de espontaneidade e intuição que complementa o trabalho racional.»

 

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A versão portuguesa do livro Álvaro Siza – Une question de mesure (2008). Uma colectânea de entrevistas ao mais famoso arquitecto português realizadas entre 1977 e 2005 pelo jornalista e escritor Dominique Machabert e pelo Arqº. Laurent Beaudouin. Edição Caleidoscópio.


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