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Uma aventura no Porto
26 août 2009

À la page...


exterieur2A Sarah festejou ontem o seu vigésimo sétimo aniversário em terras gaulesas. A bem dizer, foi mesmo no berço da sua infância, ou melhor, da adolescência depravada dos bairros do sexto arrondissement parisiense. Não foi nada de extravagante, não saímos e optámos por uma boa garrafa de champagne e uma comida ligeira à base de sushi e sashimi. Foi tudo muito ligeiro mas, sempre, com o sempiterno amor que nos une. No entanto, a nossa querida donzela foi coroada de ofertas por parte dos Néné : desde um IPod até um belo saco de coiro de vitela, passando pela edição francesa do último livro do Sasa Stanicic que nós tínhamos visto na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, aquando dum olhar cruzado sobre a literatura emergente das camadas imigrantes tanto em Portugal como na Alemanha, com uma apresentação da Maria João Reynaud, em representação do Pen Club Portugal. Espero que ela tenha mesmo gostado... De resto, a Rentrée Littéraire aproxima-se e, hoje, vi na montra duma livraria os hipotéticos candidatos ao Goncourt, com especial destaque para o primeiro romance, salvo erro, do etnólogo Marc Augé. Com efeito, pressinto que o romance do Augé se coloque no rol dos seus ensaios numa espécie de continuidade-ruptura. Antes de mais, ruptura porque, desta vez, trata-se dum romance e de certo modo, continuidade, porque, pelo resumo que pude ler na contra capa, discorre duma espécie de autobiografia. Bem, acho que temos um provável candidato para o Goncourt, tendo em conta a perspicácia e a singularidade deste ensaísta cujo romance se intitula enigmaticamente : «Quelqu’un cherche à vous retrouver» (Editora Seuil). Como é óbvio, para o leitor atento não escapa a referência ao 258417_tahar_rahim_dans_un_prophete_de_637x0_1encontro/desencontro, próprio do autor. Além do mais, tenho vagueado pelas ruas de Paris em busca dum bom seguro para o nosso carro. Após estas ternas divagações, Regressei à Rue Monsieur Le Prince onde concluí a minha gigondas_rouge_2001caminhada nas Caves do Polidor, no qual provei um Gigondas 2005. Um verdadeiro vinho de raça, não licoroso e com muito carácter com um sabor intenso de frutos com caroços. Um muito bom vinho. Comprei uma baguette e voltei para casa ler o Télerama e a sua crónica cinéfila das quartas. A propósito, se puderem ver o último filme do Audiard : «Le prophète». Vejam pois, é sempre um valor seguro e genial. Destaque também para um dos protagonistas Niels Arestrup, um grande actor de teatro que já tinha actuado no último filme de Audiard : «De battre mon coeur s’arrêté» com o Romain Duris...

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