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Uma aventura no Porto
25 mai 2009

Cá estamos, novamente, com as nossas

heidegger Feira_do_Livro_do_Porto_2009___Logo

Cá estamos, novamente, com as nossas melindrabilidades. O Porto sagrou-se em definitivo campeão nacional, o Benfica ficou, mais uma vez, a ver navios, o Sócrates continua confortavelmente a chefiar o governo, Portugal está à beira do caos e, ainda não redigi a minha comunicação para o Colóquio sobre o Daniel Faria. É caso para dizer : «Dói-me a cabeça e o universo» (Pessoa). Como sempre, ao iniciar, coloca-se o tal problema da inspiração, o tal sopro das musas... Tento superar esta aflição (da página branca) recorrendo ao Heidegger. Desta vez, trata-se duma sugestão do Nuno Higino : Moira (Parménide, VIII, 34-41) in Essais et Conférences, na edição Gallimard. E digo : «desta vez». Porque já tenho um certo passado, digamos, conflituoso, de autêntica luta, com a virgindade branca duma mera folha de papel. É algo que me aterroriza. Passámos horas, dias, semanas a ler e a preparar um trabalho e... Logo, deparámo-nos com uma folha branca e tudo se esfuma. Caramba. Isto, como diria o Manuel António Pina, complica-se. Devo, então, confessar que o velhote Heidegger, um pensamento sempre muito seguro e fiável,  torna-se na minha melhor bengala. Foi ele que me salvou, com outro texto claro, quando fiquei baralhado com a minha tese de Master 2 sobre o Alexandre O’Neill. Porém, confesso que devo dar mais atenção a esta minha bengala porque só ela poderá auxiliar-me em futuros trabalhos... Aliás, a leitura deste ensaio, chamemo-lhe assim, recomenda-se nem só pela questão da percepção e dos ecos das coisas presentes na Dobra do ser mas também pela figura de Parménide e do seu pensamento unitivo. Na quarta-feira, começa a Feira do Livro do Porto. É a sua 79º edição. Decorrerá nos Aliados e devo dizer que antevejo, desde já, alguns desacatos entre as poderosas Assírio & Alvim e a Caminho, não obliterando as pequenas editoras portuenses. Vai ser uma luta renhida, muito disputada... Só espero, é que a PSP tome as devidas precauções com as claques de ambas as editoras. Quanto a mim, acho que irei fardado à Assírio com o meu cachecol :«Graças a Deus não sou da Caminho»... Acho que vai ser um bom jogo... Já que não sou campeão pelo Benfica que o seja pela Assírio & Alvim... Ninguém pára a Assírio, ninguém pára a Assírio, ninguém pára a Assírio, allez OOOOOOOOhhhh!!!!!


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